Os impactos da violências pré-migratórias e pós-migratórias na saúde mental de mulheres refugiadas no Brasil

  1. Marina Evangelista Ferrer 1
  2. Geovanna Bandeira de Brito Cavalcanti 1
  3. Luciano de Oliveira Souza Tourinho 2
  1. 1 Afya Faculdade de Ciências Médicas de Itabuna
  2. 2 Universidadde Salamanca
Revista:
Cuadernos de Educación y Desarrollo

ISSN: 1989-4155

Año de publicación: 2024

Volumen: 16

Número: 5

Tipo: Artículo

Otras publicaciones en: Cuadernos de Educación y Desarrollo

Resumen

O aumento no número de refugiados no Brasil demanda cuidados à saúde de mulheres que, somado a violências do contexto de migração forçada, experienciam fatores relacionados a gênero, gerando impactos à sua saúde mental. A presente pesquisa identificou aspectos da saúde mental de mulheres refugiadas, focando em compreender os impactos das violências pré-migratórias e pós-migratórias na saúde mental das mulheres refugiadas no Brasil. Destarte, teve-se como objetivo descrever as violências pré-migratórias, investigar as violências pós-migratórias e correlacionar as violências pré-migratorias e pós-migratórias com a saúde mental dessas mulheres, buscando-se fomentar a prevenção dos agravos e a construção de estratégias de tratamento para elas. Realizou-se uma revisão sistemática de literatura, nas bases de dados SciElo e Google Acadêmico, utilizando-se os descritores: refugiadas; mulheres; violência; políticas públicas; saúde mental. Incluiu-se artigos em inglês e português e excluiu-se materiais em outras línguas, sem relação com o tema ou com dados desatualizados. A seleção dos materiais abrangeu o período de 2009 a 2022. Como resultado, selecionou-se 37 publicações, onde se observou os impactos da violência na saúde das mulheres refugiadas no Brasil. Além disso, constatou-se que a competência intercultural e a capacitação das equipes de saúde no Brasil necessitam ser aprimoradas para que haja prevenção de agravos e tratamento adequado, considerando as necessidades específicas de saúde mental das mulheres refugiadas. Portanto, demonstrou-se a necessidade de um modelo de assistência coerente com o princípio de equidade do Sistema Único de Saúde e sensível ao crescente ciclo migratório internacional, identificando e atendendo às suas necessidades específicas.

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